Para monitorar e prevenir doenças presentes na região de fronteira do Brasil com a Guiana Francesa, o Governo do Amapá definiu juntamente com o Governo Francês pela criação do Centro Binacional de Monitoramento e Resposta a Emergências em Saúde Pública na Fronteira Franco-Brasileira.
A proposta foi idealizada em 2018 na Semana da Saúde na Fronteira e amadurecida este ano, no mês de junho, em Oiapoque e em Saint-Georges, e acordada na Comissão Mista de Cooperação Transfronteiriça, ocorrida na última semana, em Macapá.
De acordo com o superintendente de Vigilância em Saúde do Amapá, Dorinaldo Malafaia, o centro deverá ser criado em Oiapoque e deverá se encarregar da elaboração e execução de ações planejadas pelos dois países para combater doenças antes que se tornem epidemias e enfrenta-las de forma coordenada.
“A estrutura unificada de vigilância em saúde Brasil-França deverá funcionar, inicialmente, dentro do Laboratório de Fronteiras (Lafron). A Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS) já está articulando com o Ministério da Saúde os equipamentos necessários para o funcionamento deste centro”, disse o gestor.
Dorinaldo Malafaia explicou também que a Agência Regional de Saúde da Guiana Francesa (ARS), também busca parceiros para o fortalecimento do Centro Epidemiológico Binacional.
Foi agendado para meados do segundo semestre de 2019 nova reunião entre as autoridades guianenses e amapaenses para tratar da construção do centro.
Experiências na fronteira Brasil-Colômbia
Para avançar nas experiências de prevenção em saúde, o Ministério da Saúde, através da Assessoria de Assuntos Internacionais de Saúde (AISA) convidará a SVS Amapá para a “Oficina de trabalho binacional sobre fluxos de informação e de resposta a emergências”.
O curso ocorrerá em Tabatinga, no estado do Amazonas, no âmbito da Sala Binacional de Vigilância e Resposta a Emergências de Saúde Pública na Fronteira Brasil-Colômbia. A experiência, que já está adiantada na fronteira de Brasil e Colômbia, deverá ajudar na capacitação dos profissionais que atuam na fronteira Brasil – França.